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Hozier fala sobre seu novo EP e conta sua música preferida de Chappell Roan

Atualizado: 10 de ago.

Em entrevista para a Parade Magazine no dia 1º de agosto de 2024, Hozier comenta sobre

as músicas e o lançamento do seu novo EP, 'Unaired', que vai ser lançado no dia 16 de agosto. Ele também fala sobre ser chamado de 'Andrew' pelos fãs e sobre a estrela do pop do momento, Chappel Roan. Confira a tradução do Portal Hozier Brasil abaixo:

Foto por: Josh Brasted/Film Magic


Por Alani Vargas, Parade Magazine


Hozier tem feito música com uma pegada de soul e blues há mais de uma década e é mais conhecido pelo seu grande sucesso, “Take Me to Church”. Lançada em 2013, essa música é a síntese de tudo o que o cantor e compositor irlandês representa: uma canção cinematográfica, quase etérea, com um significado profundo, e um vídeo que faz uma declaração ainda maior.


Ele percorreu um longo caminho desde que gravou aquela demo no sótão e foi o headliner da primeira noite do popular festival de música, 'Lollapalooza', em Chicago. A Parade Magazine conversou com Hozier algumas horas antes de ele subir ao palco, e ele falou sobre sua música, uma faixa favorita dos fãs e até um pouco sobre Chappell Roan. Continue lendo para saber mais sobre o próximo EP de Hozier e o que o surpreende no palco.


O próximo EP


No dia 30 de julho, Hozier compartilhou uma nova música chamada “July” em seu Instagram, informando que um novo EP estava “chegando em breve”. Então, no dia 6 de agosto (após a entrevista com a Parade), ele postou no X (antigo Twitter) que o EP se chamará 'Unaired' (que significa 'Não Exibido' em português) e será lançado no dia 16 de agosto. Quando perguntamos a Hozier para descrever esse novo EP em quatro palavras, ele pensou um pouco e então disse, brincando, “Ei, mais música novamente”, enquanto contava cada palavra com a mão.


Agora falando sério, ele está visivelmente apaixonado e animado por essa nova coleção de músicas, ele conta à Parade. Ele já apresentou duas das faixas, seja nas redes sociais ou no palco; Hozier cantou “Nobody’s Soldier” durante seu set mais tarde no Lolla. Ele conta à Parade que é uma “música anti-guerra” e um single para o qual ele filmou um clipe recentemente.


“‘July’ é algo que escrevi durante a pandemia,” ele diz. “Julho era o mês em que a Irlanda deveria reabrir. Foi uma música que escrevi naquele ano. Muito parecido com o trabalho do álbum, sabe? Então, foi uma música sobre esperar por algo, olhando constantemente para frente.”


Ele também compartilha que há outra música no EP da qual ele está “muito orgulhoso”, que escreveu com Bedouine, uma artista e compositora de Los Angeles que Hozier “ama e admira” e da qual sempre foi fã.


O EP contém músicas que são do mesmo universo de ‘Unreal Unearth’


O que torna o Unaired ainda melhor é como ele se encaixa no universo do Unreal Unearth.


“Essas músicas fazem parte do mesmo mundo,” ele conta à Parade.


O Unreal Unearth foi lançado em agosto de 2023, e o Unheard, versão estendida do álbum, saiu no início deste ano, em março. O próximo EP, Unaired, é mais uma continuação desse mundo criado por Hozier, inspirado pela Divina Comédia de Dante Alighieri, especificamente o Inferno de Dante, que explora o conceito dos nove círculos do Inferno.


“Unheard é exatamente isso,” diz Hozier, explicando como algumas músicas quase entraram no álbum, mas acabaram no EP ou em Unheard. “'Too Sweet’ quase substituiu ‘Eat Your Young’ no álbum. Porque ambas eram temas da Gula. ‘Nobody’s Soldier’ é obviamente do tema da Violência. Estava próxima dos temas de Avareza e Violência, que foram abordados pelas músicas ‘Butchered Tongue’ e outra música no álbum, que agora esqueci o nome” [provavelmente “To Someone From a Warm Climate,” que está perto de ‘Butchered Tongue’ no álbum].


Em vez de descartar essas músicas completamente, os fãs poderão ouvir mais sobre o universo de Unreal Unearth.


“Então, todas essas eram músicas que poderiam ter estado no universo do álbum, ou estavam previstas para o álbum e não entraram por questões de espaço ou restrições de tempo,” ele diz. “Todas faziam parte do mesmo universo daquele mundo.”


Embora Hozier não tenha visto o fervor dos fãs esperando que “Francesca” aparecesse em uma versão do estilo de 'Bridgerton' em uma próxima temporada da série da Netflix, é uma música que é querida por muitos fãs e explora a ideia de ser punido por se apaixonar.


“É uma história realmente trágica. Ela é uma figura histórica real,” ele compartilha. “Francesca da Rimini foi alguém que foi vendida em um casamento político, sabe o que quero dizer? E portanto, ela nunca teve escolha na vida, e se apaixonou pelo irmão do marido, que é muito, muito mais velho do que ela. Ela é assassinada por isso. É horrível. É uma história realmente trágica.”


E embora se encaixe nos temas mais pesados do álbum, não é só tragédia. “O que eu tentei fazer no álbum foi reverter isso, porque Dante, o poeta, decide escrever toda essa história e imortalizá-la como sofrendo no inferno,” ele compartilha sobre Francesca. “E foi como dizer 'Não, sabe de uma coisa? Vamos tornar isso algo alegre,’ sabe? Essa é uma pessoa que não deveria ter sido morta por isso. Mas se pudermos criar, não precisamos imaginar seu sofrimento no inferno, podemos imaginá-la no paraíso... No seu próprio paraíso.”


Uma coisa pode surpreender Hozier no palco


Num assunto um pouco mais leve, um clipe viral recente no TikTok mostra Hozier ficando um pouco desconcertado quando ouve um fã na plateia gritar: “Vai, Andrew!”


Hozier se chama Andrew John Hozier-Byrne, fazendo de 'Hozier' um nome artístico. No entanto, ele conta de forma brincalhona que, geralmente, quando ouve alguém chamá-lo de “Andrew”, imagina que é alguém a quem ele deve dinheiro ou alguém que ele conhece, porque ele usa Andrew com amigos e família.


“Acho que isso te pega um pouco, não exatamente de surpresa, mas te tira um pouco do seu estado normal,” ele compartilha sobre como se sente ao ouvir seu nome verdadeiro quando está no palco. Embora ele também diga que amigos o chamam de Hozier, “Há pessoas para quem eu sou Andrew… Hozier é um apelido que eu tinha no ensino médio. Então existe um grupo de amigos próximos que me chama de Hozier como apelido. Mas fora disso, para a maioria das pessoas, eu sou Andrew.”


Novamente, sendo apenas Hozier no palco, em plena concentração, ouvir seu “verdadeiro” nome é um pouco desconcertante.


“É fofo,” diz Hozier. “Porém estando no palco… é como se fosse um pouco fora de contexto.”


Hozier também não consegue tirar as músicas de Chappell Roan da cabeça


Esta não foi a primeira vez de Hozier no Lollapalooza; ele se apresentou no festival de música de Chicago em 2019 e também participou de outros Lollas na América do Sul. A diferença entre 2019 e 2024, no entanto, é que agora ele é um headliner.


“É uma sensação muito boa. Estou animado,” diz Hozier quando perguntado sobre como se sente em ser o headliner da primeira noite no dia 1º de agosto. “Acho que o Lollapalooza tem sido um festival importante para mim. Uma das minhas primeiras memórias é de tocar no Lollapalooza pela primeira vez em 2015 ou 16. E depois fiz uma turnê na América do Sul para tocar no Lollapalooza de lá. Então isso também foi um grande feito para mim.”


Ele também compartilha que está animado com a programação e que adora Chicago, dizendo que, quando pode, dá uma passeada pelo Art Institute of Chicago. Embora ele não tenha tido muito tempo para “absorver a cidade” desta vez, diz que “adoraria ver a Chappell Roan” no Lollapalooza.


“Eu não consegui vê-la, fizemos alguns festivais ao mesmo tempo, mas nunca a vi,” ele conta à Parade.


E a música de Chappell Roan favorita de Hozier? Atualmente é “Casual.”


“Essa música não saiu da minha cabeça esta semana,” compartilha Hozier.


Shows vs. festivais


Sobre a diferença entre se preparar para um show solo e um festival, o compositor diz que o show solo te dá "um pouco mais de tempo" com sets mais longos (normalmente) e um "espaço mais íntimo". Não necessariamente para cantar músicas "menos conhecidas", "mas músicas que talvez sejam mais calmas, pessoais e íntimas."


"Festivais tem uma vibe diferente e mais público para você compartilhar. Mas isso não torna eles menos divertidos."


"Existe certa energia nos festivais que é legal se entregar..." ele diz. "Também é legal ter um set um pouco mais curto, pois aí você entrega músicas ainda mais enérgicas."


 

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